15 maio, 2008

relativo amar

não se assuste
o tempo do amor é relativo
uma vida toda
ou uma noite inteira
alguns nunca se acabam
outros nem começam

não se avexe
o tempo do amor é maré
de repente ele chega
costuma não avisar
se manso ou ressaca
se profundo ou raso

não se prenda
que o amor não é castigo
ele é doce se vivido
e sofrido se calado
é leveza quando perto
infinito sem amarras

não se apavore
o gosto do amor é de carne
salgado se lágrimas
doce se gargalhadas
insaciável desejo
onde quer que seja

não se apresse
o tento do amor é certeiro
e não costuma ser breve
chega sem alarde
sem pedir permissão
tempera com tempestade
chuvas ralas de verão

o amor quando acontece
reinventa o tempo

Um comentário:

Andarilho das Gerais disse...

nossa...
pirei com essa poesia..
é sua prima...

não sacava seu blog não..
viajei nos seus textos...

beeeeijos lindeza..