O mar continua agitado
Horizonte que se move
Vida, naufrágio contínuo
O afogar-se em certezas, todavia,
Diluídas
A beleza que o tempo estragou
Cicatriz de dor que não cura
A pessoa que não é a mesma
E aquilo que, contudo,
Ultrapassa
Frágeis semelhanças
Entre o literal e a fantasia
Fogueira que derrete razão
Enquanto queima, quanto mais,
Esperanças
Palavras que juntas não são poemas
Costura frouxa que se rasga com o uso
O grito que quebra o confiar
E o finito passado, por fim,
Morto
E não há conjunção que una o que não é invariável
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