Noutro dia esperava notícias. Não boas nem ruins. Notícias dos últimos tempos, dos últimos dias. era como se aquilo fizesse falta pro meu dia a dia. Saber do seu era fina brincadeira de coincidir. Era bom saber do vento, o vento sudoeste que te batia na cara, se corresse bicicleta beira mar. Uma recaída pelos versos seus. Não os do livro. Aqueles escondidos entre as frases ditas escritas nesses últimos anos. não é o mesmo te visitar. Todos te visitam. Era bom quando marcávamos encontro ou se fosse por acaso. Gostava de descobrir a cor da tua camisa. Via sua barba crescer enquanto a estante sempre arrumada numa sala escura. Era bom me despir e não pensar mais nas palavras nítidas. Aliás, nesse tempo até a gramática mudou. As coisas sofrem alterações e essa fissura que não muda. Também não cicatriza e nem dói. Enche de posts a minha vida. Alucina-me de vírgulas. E eu minto que já passou. Era bom seu sopro na minha nuca enquanto a alça do vestido caía. Um eufórico desfile de suspiros, reticências e copos d’água. Nenhuma metáfora jamais completaria aquele sentimento das tardes de terça-feira. Era pouco mais que encantamento. Me deu saudade dessa agonia.
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