27 abril, 2008

no rastro das palavras vagabundas
as que não se casam nem se prostituem
que não ensaiam surgimentos
que não reclamam encaixes

impronunciáveis devaneios
solitárias peculiaridades do ato
que escondem os fracos
que esfregam as veias

atropelam cordilheiras quando passam
se não passam, prateleiras
vagabundas palavras inteiras
me comem a metade da tarde

e todo o resto da vida

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